terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O analfabetismo científico do brasileiro

Foi divulgado em Agosto de 2014 o resultado do primeiro Índice de Letramento Científico (ILC) realizado no Brasil.

Os resultados concluíram que a educação científica do brasileiro é insatisfatória.
A proposta do ILC  é medir quanto do conhecimento escolar é de fato aplicado na prática. Para isso, 2002 pessoas de 15 a 40 anos que cursaram no mínimo quatro anos completos de estudo no ensino fundamental responderam questões elaboradas para avaliar a capacidade de identificar simples informações explícitas em texto, tabela ou gráfico, de comparar informações simples para tomar decisões; de empregar informações não explícitas para resolver problemas práticos e processos do cotidiano e, ainda, de propor e analisar hipóteses sobre fenômenos complexos, mesmo não diretamente ligados ao seu dia a dia. A partir das respostas, os participantes foram classificados por nível de letramento: ausente, elementar, básico e proficiente.

A metodologia aplicada foi adaptada do Índice de Analfabetismo Funcional (IAF), que avalia os conhecimentos de português e matemática na prática.

Junto com o índice, também foi feita uma pesquisa de percepção pública da ciência, cujo resultado é significativo: apesar do fraco desempenho no ILC, os participantes reconhecem a importância da ciência para a compreensão de mundo (42% concordam plenamente e 30% concordam em parte) e para obter boas oportunidades de trabalho (41% e 27%, respectivamente).

Uma olhada em outros indicadores de ensino reforça a má situação do país na área: no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), por exemplo, um dos piores desempenhos do Brasil é em ciências (59º entre 65 países).



Referências: Ciência Hoje